Taiwan realizou esta quinta-feira um exercício de defesa aérea "abrangente", envolvendo forças aéreas, marítimas e de mísseis, a poucos dias da viagem do líder do território, William Lai, aos países no Pacífico com os quais Taipé mantém laços diplomáticos.
O exercício visou "melhorar a eficácia global das operações de combate defensivo e avaliar os procedimentos de resposta e de envolvimento das unidades de defesa aérea", afirmou, em comunicado, o Comando da Força Aérea de Taiwan.
"O Comando da Força Aérea sublinhou que, em resposta às mudanças nas ameaças inimigas, continuará a melhorar a resiliência defensiva através de vários exercícios de treino com cenários de combate realistas, para enfrentar possíveis ameaças e desafios, garantindo a segurança das operações de defesa aérea", lê-se no comunicado oficial.
De acordo com a agência de notícias estatal CNA, este exercício é realizado trimestralmente e envolve a utilização de caças F-16V, Mirage-2000 e IDF, bem como aviões de transporte C-130H Hercules, helicópteros de ataque AH-64E Apache e outras unidades de defesa aérea.
Durante este treino, o Comando de Operações das Forças Conjuntas simula vários ataques simultâneos a "posições-chave" e, ao receber as ordens apropriadas, os três ramos das forças mobilizam-se imediatamente, "integrando capacidades de defesa aérea e de guerra eletrónica para conduzir operações conjuntas de defesa aérea", segundo a CNA.
Esta operação ocorreu apenas dois dias antes de o líder de Taiwan, William Lai, iniciar uma digressão pelas ilhas do Pacífico que mantêm relações diplomáticas com Taiwan - Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau - num esforço para "reforçar" os laços com estes países, face à crescente pressão diplomática da China.